domingo, 3 de maio de 2015
Amigos do futebol de mesa, nesta publicação aproveito o espaço para homenagear dois mestres do futebol de mesa - regra gaúcha, os quais partiram a tempos atrás para o plano lá de cima. Através do amigo Glênio, lá de Santa Maria, fiquei sabendo do ocorrido e não tinha como não usar o meu espaço para prestar tal reverência.
Estes dois mestres, Jorge Leão e Leoni Muller eram daqueles caras que amavam o esporte. O seu Muller, como era carinhosamente chamado pelos amigos e colegas, era um verdadeiro professor nas mesas da gaúcha. Dono de arremates precisos. Cortes e cavadas desconcertantes, tinha um estilo de jogo que enchia os olhos daqueles que acompanhavam suas partidas. Me lembro quando o conheci, lá no CAZUZA, em Santa Maria, na regra do passe. Ficava encantado com os times do seu Muller. Sempre com uma grande caixa de botões onde, cuidadosamente, guardava seus inúmeros "atletas".
Jorge Leão era outro que não ficava atrás no quesito paixão pelo esporte. Conheci o Jorge lá na AABB Santa Maria. Tinha alguns botões muito bonitos. Jogava com um material de qualidade. Vinha de fora da cidade, não me lembro bem se era de Porto Alegre ou Cachoeira, mas o que sei é que o Jorge não media esforços para participar dos treinos, das rodadas dos campeonatos, dos eventos de nossa associação.
Tanto o Jorge quanto o seu Muller eram de uma simplicidade impar. Quando joguei com o Jorge, a primeira vez, não tinha a mínima noção do esporte na regra gaúcha. O Jorge foi me aplicando gols e gols, porém a cada gol ele tentava me animar, falando que eu não esquentasse a cabeça, pois era novo no esporte e com o tempo ia jogar melhor. Nunca me esqueci disto, foi uma lição aprendida com o amigo Jorge. O seu Muller era outro que jogava sério. Nunca foi de menosprezar o adversário. Fazia gols muito bonitos, gols que me deixavam impressionado. De todos os lugares que joguei o futebol de mesa nunca vi um competidor jogar com uma ficha quadrada e usar, no momento da jogada, quer no chute, quer em jogada normal, o canto da ficha. Ele usava um mínimo contato entre a ficha e o botão. Mesmo assim, saiam jogadas fantásticas daquelas mãos.
Enfim, mesmo passado algum tempo da partida destes amigos, como soube somente hoje, é com muita tristeza que escrevo estas linhas. Para mim, são dois mestres que partem para o convívio de Deus. Que estejam em um plano melhor. Que no sentimento de um mundo melhor, para aqueles que partem, possa existir um encontro entre os amantes do futebol de mesa que se foram. Que juntos possam estar muito melhor do que os que aqui seguem lutando.
Agradeço ao Glênio e ao Otacílio Neto por me fornecer notícias do futebol de Mesa lá de Santa Maria. Estarei divulgando notícias sobre a nossa regra gaúcha e sigam me enviando notícias para publicação neste blog. Abraço a todos e até mais...
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